PSF: Dinheiro fácil e sem compromisso?
Quando um estudante de Medicina se forma e não é
aprovado na prova de residência, é muito comum que ele vá trabalhar em
um PSF (Programa de Saúde da Família), em alguma cidadezinha do
interior. Até aí tudo bem.
O que acontece é que geralmente essas pessoas
trabalham no PSF por alguns meses, juntam um bom dinheiro (há alguns
que pagam mais de 10 mil reais por mês) e se demitem para ter tempo de
se dedicar exclusivamente à prova de residência.
O objetivo do PSF é contratar um médico que se
dedique integralmente à comunidade na qual trabalha. O profissional
deve conhecer a realidade das famílias pelas quais é responsável, suas
características sociais, econômicas, culturais, demográficas e
epidemiológicas. O ideal é dedicar-se exclusivamente a esse emprego,
por isso a maioria desses médicos são bem remunerados.
A partir desse objetivo, fica a questão: é correto
trabalhar no PSF por um curto período apenas para juntar dinheiro
enquanto não é aprovado na prova de residência?
Correto ou não, é difícil negar uma proposta de
trabalho em que você poderá receber mais de 10 mil reais, sendo recém
formado e sem experiência prévia, ainda mais considerando o valor
recebido quando se é residente: quase 10 vezes menos! Com o dinheiro
que é pago na residência, fica difícil até mesmo se sustentar, quem
dera poupar dinheiro para montar um consultório…
Acredito que um médico recém formado pode trabalhar
por pouco tempo em um PSF sem estar sendo imoral ou anti-ético, desde
que exerça sua profissão da melhor maneira possível, com dedicação e
competência.
E vocês o que acham?
Link: http://www.portalpsf.com/
Via: Letra de Médico
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Um comentário:
talvez o que falte na verdade é uma garantia maior de vinculação trabalhista no psf. não acho que concurso público vai resolver esses diversos aspectos que vc colocou ai, mas pode atrair profissionais médicos mais velhos que optam por morar no interior.. ou até estimular os novos a morarem no interior. programas de educação permanente também são fundamentais para o profissional não se sentir isolado do mundo..
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