[Filosofia] Penso, e logo desisto.

Você existe?
Você tem certeza disso?
Como você pode dizer que tudo que existe ao seu redor é real?
Deus criou? Quem é Deus?
A filosofia e seus ramos (como as religiões), procuram descobrir, através do raciocínio, O Sentido da Vida, do Universo e Tudo Mais.

Inclusive, nos tempos mais modernos, alguns dão a idéias que nada disso tem sentido nenhum, e nós apenas vivemos em uma supersimulação sem nenhum propósito grandioso.

Segundo o filósofo Nick Bostrom, uma maneira simples de provar este argumento é a seguinte:

1. É possível que uma civilização possa criar uma simulação de computador que contenha indivíduos com inteligência artificial.
2. Essa civilização provavelmente iria rodar muitas - digamos Bilhões - destas simulações (por diversão, para pesquisa, etc)
3. Um indivíduo simulado dentro da simulação não saberia que está em uma simulação - apenas viveria sua vida normalmente no que considera o "mundo real".

E a pergunta chave é a seguinte - se alguém for pensar que os pontos 1-2-3 são pelo menos possíveis, qual destas proposições é a mais provável?

a) Nós somos a única civilização neste universo que será capaz de desenvolver simulações de Inteligência Artificial? ou;
b) Nós somos uma das bilhões de simulações?

Desta forma, os argumentos de Bostrom tentam provar a tricotomia de hipóteses que:

1. seres inteligentes jamais chegarão ao nível de tecnologia onde eles poderam fazer simulações da realidade tão detalhadas que poderão ser confundidas com a realidade; ou
2. seres que chegam a este nível tecnológico tendem a fazer estas simulações; ou
3. nós estamos quase certamente vivendo em uma simulação como esta.
   

As propostas de Bostrom usam a premissa que com uma tecnologia suficientemente avançada é possível simular planetas ou mesmo um universo inteiro na forma de simulações quânticas em dobras do espaço-tempo, inclusive simulando habitantes, e que estas pessoas simuladas sejam completamente conscientes, tanto quanto pessoas não-simuladas.

Se nós supormos que a espécie humana poderá chegar a este nível tecnológico sem destruir a si própria no processo (negando assim a primeira hipótese); e que uma vez chegando a este nível tecnológico nós ainda estaremos interessados na história, no passado, nos nossos ancestrais, e que não haveriam impedimentos legais ou morais em criar estas simulações (negando assima segunda hipótese) - então:

• é possível que nós criariamos uma grande número de simulações;
• e que, pela mesma linha de raciocínio, muitas destas simulações criariam suas próprias simulações de realidade, e assim por diante;
• e, tendo em vista que neste exato momento é impossível dizer se estamos vivendo em uma das infinitas simulações ou no universo original, a possibilidade de sermos uma simulação é maior.
  

Dèja vu de The Matrix?

A humanidade já está a caminho de criar suas primeiras simulações perfeitas da realidade, com sensação de toque, cheiro, calor, dor e tudo mais para os participantes. Seria então só uma simulação ou uma sub-simulação?

Você já se perguntou se realmente existe vida lá fora? Extraterrestres?

Imagine que este universo seja infinito, que o tempo seja infinito, e que exista um número próximo do infinito de planetas no universo. Nós sabemos, por definição, que existe vida em pelo menos UM PLANETA. Então, por simples lógica, deveriam existir um número vasto de civilizações no universo, algumas muito mais jovens, e outras muito mais antigas, provavelmente algumas com capacidade de viagem intergaláctica, certo?

Mas mesmo assim nós não vemos aliens andando por aí (apenas montagens bizarras em programas sensacionalistas).

Não seria porque esta nossa simulação só comporta UMA ESPÉCIE INTELIGENTE? Mas na verdade, no mundo acima de nós existam realmente milhares de outras espécies inteligentes?

Seria Deus um programa de computador e o Paraíso apenas a lixeira de sua área de trabalho?

"É sério, eu li no É Muito Fácil que é possível que estejamos vivendo numa simulação!"
"Você acredita em cada merda, Cowboy!"

Bem vindos ao mundo da filosofia. Um mundo com mais perguntas do que respostas.

Mas pelo menos a resposta para o universo, a vida e tudo a gente sabe, é 42.